Quando as crianças brincam, observa-se a satisfação que elas expressam ao participar das atividades. Sinais de alegria, risos, excitação são componentes desse prazer, embora a contribuição do brincar vá além de impulsos parciais. É um libertar de emoções.
Consequentemente, as emoções são importantes para a racionalidade. Na relação entre sentimento e pensamento, a faculdade emocional guia nossas decisões a cada momento, trabalhando de mãos dadas com a mente racional e capacitando, ou incapacitando, o próprio pensamento.
A aptidão emocional é uma capacidade que determina até onde podemos usar bem quaisquer habilidades e linguagem incluindo a linguagem expressiva.
Tomar o brincar como linguagem, no entanto, obriga-nos a diferenciá-lo do que se entende por linguagem verbal, por ser ele uma forma de linguagem fundamentalmente marcada pela expressão de imagens, gestos e ações.
Enquanto jogo de imagens, gestos e ações, o brincar não pode ser considerado como um equivalente pleno das associações livres, por seu caráter de ambiguidade e imprecisão, por suas diferenças lógicas em relação à linguagem verbal.
Para o que diz respeito ao processo psicanalítico, é necessário, portanto, ampliar sua definição, compreendendo-o como uma manifestação não linguística que é capaz de condensar sentidos, produzir associações, mas que proporciona fundamentalmente a articulação com o significante linguístico.
Ao interagir com colegas ou manipular objetos, a criança desenvolve capacidade de construir referenciais de comunicação, pois, quanto maior o número de trocas com o meio, maior o repertório gestual e, por conseguinte, as possibilidades de comunicação por meio da linguagem corporal.
As palavras são realidades, antes de se tornarem expressão dos desejos e instrumentos do pensamento, elas são, de início, o prolongamento do gesto.
No bom emprego do corpo, que permite um bom emprego do tempo, nada deve ficar ocioso ou inútil: tudo deve ser chamado a formar o suporte do ato requerido. Um corpo bem disciplinado forma o contexto de realização do mínimo gesto. Uma boa caligrafia, por exemplo, supõe uma ginástica, uma rotina cujo rigoroso código abrange o corpo por inteiro, da ponta do pé à extremidade do indicador.
O corpo da criança é a ferramenta pela qual ela interage com o mundo e o brincar é a estratégia mais usada e preferida para trocar experiências com o meio, vivenciando situações e estabelecendo contatos que a aproximem cada vez mais do viver em sociedade.
Por meio dos movimentos, a criança faz uso de uma linguagem que tem valor insubstituível em suas primeiras relações com o mundo, que ajudam a construir sua personalidade, porém é substituída em prol da linguagem escrita que também possui fundamental importância, mas não pode ser priorizada como forma única e insubstituível de interação com o mundo.
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